DESTAQUE: Acho importante ressaltar que não sou especialista
na área, mas pretendo, então, isto nada mais é do que uma opinião de um amante,
e estudante, de jogos digitais. Espero que entendam e gostem.
Jogos. Aqueles joguinhos que nos
fazem perder horas na frente de uma tela, muitas vezes sem interagir com as
pessoas em volta. Joguinhos bobinhos para passar o tempo na fila do banco,
distrair os filhos, etc. Não, não vou falar desse tipo de jogo. Os jogos de
qual vou falar são muito diferentes disso.
Quando
surge a seguinte discussão: jogos podem ser considerados uma forma de arte? Na
minha opinião? Com certeza. Artistas usam a arte para expressar seus
sentimentos de forma que quem veja consiga sentir o que o artista sentiu
naquele momento de criação. Todo artista tem seu momento de sentir antes de
criar, seja um sentimento ou o que for, mas é preciso sentir. E nos jogos não é
diferente. O artista, me refiro a quem cria o jogo em si e isso pode ser várias
pessoas, precisa ter inspiração, precisa querer que seja feito de tal maneira
que passe uma emoção para outras pessoas.
Um
projeto de jogo que será grande muitos profissionais são envolvidos, mas para
não ficar tão técnico vou ser direto. Temos o programador: quem faz a magia
acontecer de verdade; o designer: o cara que desenha os cenários, cria os
personagens e tudo que é visual no jogo e temos o roteirista: quem imagina tudo
isso e passa para o papel. Então você deve estar se perguntando “quer dizer que
o roteirista é o principal e mais importante? ”. Não é bem assim. Cada um de
todos tem suas determinadas funções, cada um faz uma parte, assim no final se
tornando um todo. E todos de certa forma são artistas.
Mas o
que um jogo precisa para ser considerado uma forma de arte? A parte principal
se concentra na história. Sendo bem produzida, pode levar o jogador para outras
eras, outros mundos, dimensões. E é claro, partindo para os gráficos, que não
precisam necessariamente ser os mais lindos e os melhores, basta conversar com
todo o universo do jogo, combinar com os aspectos, com traços diferentes,
ambientados para a melhor imersão possível para dentro do jogo. Por último, mas
não menos importante, os efeitos sonoros. As músicas, os sons do ambiente, as
falas, tudo deve ornar com a história e o visual, para se sentir parte daquele
meio. Está percebendo? Tudo é separado, mas no final se envolve, criando uma
experiência incrível e cheia de emoções, tanto para quem joga, para quem criou
e para quem está somente assistindo.
Um
exemplo de jogo que pode ser considerado uma verdadeira obra de arte é o recém
lançado Uncharted 4, jogo exclusivo da Playstation. Simplesmente de cair o
queixo. Quando você olha para as paisagens chega a perder o folego de tão
lindas e reais (lembrando que não precisa ser real para ser bonito, basta ornar
com o resto) e os detalhes são simplesmente fantásticos. A história de prender
o jogador digna de um filme de sucesso de Hollywood, personagens carismáticos,
uma trama um tanto quanto clichê, mas com o seu charme particular de uma série
de jogos que não é qualquer uma, a série Uncharted pode ser considerada uma das
mais respeitadas.
Para
concluir, gostaria que entendesse: um jogo pode sim ser considerado arte, mas
não podemos generalizar, nem todos os jogos são uma expressão ou uma forma de
arte, alguns são apenas por dinheiro (infelizmente). Não precisa ter gráficos
excelentes e a melhor produção, o que realmente importa são os sentimentos
adquiridos durante o jogo, as lições aprendidas. Existem muitos jogos de
empresas independentes que dão uma verdadeira lição em empresas de grande porte
com seus jogos feitos para lucrar. E a história, um dos fatores mais
importantes para todo o resto, mas lembrando mais uma vez que TODOS são
importantes e tem seu respectivo papel, ninguém é melhor que ninguém e mais
importante que ninguém. Espero que tenha ficado claro.
Obrigado
pela atenção, povo. Realmente espero que tenham gostado, até a próxima! :D
#Thiago Serodio "BeHate"
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